Voltando pra casa, no metrô, depois de um dia mega cansativo uma cena me causou curiosidade. Enquanto uns riam, outros conversavam, alguns faziam uma leitura, outros sentavam no chão, uns dormiam em pé outros sentados, uns de frente, de lado, de costas, eu coloquei minha bolsa no chão pelo peso e escorada na lateral da porta fiquei a frente de um Policial Militar, este da foto, que adentrou ao meu vagão.
Enquanto todos iam pra casa relaxados, já de alguma forma finalizaram seus afazeres, ele estava ali, uma expressão tensa, onde não podia relaxar, não podia sentar, não podia dormir em pé, muito menos se posicionar de outra forma, ele estava ali como quem estava em um posto de serviço, nos vigiando, ao abrir das portas ele virava suas costas, dava passagem aos demais pra se manter sempre avante, ele não relaxava como os demais, e quando se ouviu um barulho ao fundo do vagão ele tirou seu fone dos ouvidos e ficou procurando algo comprometedor, algo que ele pudesse fazer, mas não era nada, e depois disso se manteve com o fone em um só ouvido, pra permanecer mais atento.
Daí me perguntei, pq ele não é igual a nós, que quando bate o cartão, deixa o serviço pro próximo dia, pq ele trás o fardo com ele, muitos com escala de 24 horas, sem uma noite de sono merecida, e mesmo assim nunca podem relaxar, pq fizeram um juramento de proteger vidas alheias antes mesmo das suas, de ser policial 24 horas por dia e 7 dias por semana. E a maior curiosidade é porque a sociedade não os respeita, porque os afronta, porque não se orgulha de saber que ali tem alguém capaz de dar a própria vida para salvar as nossas. Caxias, o Sargento era Caxias! Ele tem o meu respeito, minha admiração, sim, eles todos têm!
- Autor desconhecido .
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